Fundada por Sigmund Freud, a psicanálise mostrou-se desde seus primórdios como uma ciência oposta ao discurso positivista. Ao colocar o inconsciente como uma região psíquica incontrolável pelo Eu, Freud promoveu uma virada teórico-clínica nos discursos positivistas sobre a vida psíquica e sua relação com o campo social. Conceitos como narcisismo, pulsão, inconsciente, transferência foram fundamentais para Freud elaborar sua metapsicologia e expandir o horizonte psicanalítico. Esse, por sua vez, ressoou em pesquisas e debates sobre a origem da desigualdade social, da alienação, do sofrimento psicossocial e da agitação fascista. Temas esses que, neste início de século, permanecem em discussão, uma vez que os fatores psicossociais (as contradições do capitalismo e os movimentos de massas, por exemplo) não foram eliminados. Assim sendo, objetiva-se ler, compreender e debater a atualidade dos conceitos psicanalíticos presentes nas obras da primeira geração da Escola de Frankfurt formada por Theodor W. Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
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