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Faculdade de Ciências e Letras
TARDES DO CEDAP - SUBLIME E NEGATIVIDADE :::
Apresentação

Buscamos discutir o modo pelo qual o debate estético em torno do sublime, entre meados do século XVIII e fins do século XIX, coloca em evidência o trânsito do conceito entre uma espécie de retórica da grandeza e uma poética da crise, sensível às ideias de ausência e de impossibilidade. Nos momentos chave desse debate surgem a associação, feita por Edmund Burke (1729-1797), entre sublime, assombro e obscuridade, e o tratamento dado por Immanuel Kant (1724-1804), na Crítica da faculdade de julgar (1790), ao efeito sublime, compreendido como emanação de uma grandeza opressiva à imaginação. A tradição longiniana dos séculos XVIII e XIX sugeriu a consideração do sublime como momento de excelência do discurso poético. O acréscimo ao sublime de atributos como a terrível obscuridade e a vertigem diante do inexprimível resulta, por seu turno, numa aproximação entre excelência poética e fenômenos que levam ao limite da enunciação e, consequentemente, a uma dimensão negativa. Entre fins do século XVIII e início do XIX, a percepção das implicações negativas do sublime influiu, em alguma medida, sobre o questionamento da submissão da poesia ao modelo das artes imitativas; já no ambiente representado pelas poéticas posteriores ao romantismo, a mesma percepção parece desvelar uma inventiva consciência de crise da expressão, crise essa que se tornará obsessão da poesia moderna.
 
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